O Lobo do natal passado

Então colocada contra a parede

Não no sentido literal

Que seria no tanto ideal,

Para essa noite fria.

Estou aqui quase congelada,

Pelas sensações e aparições dessa noite.

Parece que depois que nos vimos

Na última vez, todas as noites são frias

Acompanhadas por calafrios e doses excitantes de café.

Foi estranho essa noite

Amanhã acordarei sem argumento

Nenhum para o pensamento

Sustento que tudo não passava de tontura.

É loucura se pensada solitariamente

Mas hoje vir que é pensada em duas mentes

Que finalmente encontrei olhos de tantos tormentes.

Chegou como algo normal

E até um tanto banal

Como qualquer outra vez

Só que dessa vez essa educação

Deu espaço para um lobo feroz tomado por uma sedução carnal.

No primeiro momento queria soltar a Afrodite

Jogar o jogo como escorpianina

Ser uma gata um tanto felina

Pensei em liberar toda a adrenalina presa na minha alma

Mas, só pensei novamente,

Apenas agir com calma

Lógico que agir com calma

Nem sei o que habita minha alma

É, de fato já pensei em morder a boca dele algumas vezes

E já pensei nele me mordendo umas dez vezes por ai

Já imaginei as minhas unhas a percorrer todo aquele corpo

Mas, isso para mim é muito louco

Ou era muito louco até essa noite

Percebi que nada é impossível

Mas, é que eu não sei o que sinto

A menina que sempre quis história

Hoje aqui estou, mulher de momentos

E prevejo uma noite de borbulhos de sentimentos/ tormentos

Agora aqui estou meio tonta com tudo

Não sei se preocupada

Ou desajeitada

Não sei se fiz certo

Ou deveria logo ter descoberto esse borbulho mental.

Como sempre os meus medos me fazem tola

Por mais uma noite de Afrodite silenciada

apreendida em uma alma de calma abalada

Por a visita de um lobo sagaz na penumbra

Dessa noite véspera de natal

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 29/12/2018
Reeditado em 23/12/2019
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