Sem Jeito
Depois de uma xícara de café
Me peguei analisando o vazio dessa casa
De repente as suas palavras começaram a ecoar
Na minha mente, olho para frente e sou capaz de te imaginar.
As nossas peles em contraste
É como se falaste:
“-Me arraste para a escuridão do seu quarto”
Sendo eu uma boba menina parto...
Puxo-lhe pela a camisa e te jogo contra a parede
Nesta noite matarei toda a sede de desejo que tenho sobre te
Suas mãos hábeis
Seus lábios
Beija-me cada vez mais lento
É um alento
Que aumenta o meu movimento corporal
Perdemos a passagem temporal
Ambos trêmulos e mudos
A comunicação parte apenas para olhares
Os ares a nossa volta para
E tudo se cala...
No fundo alguém fala
É distante, mas, somente agora recobro a consciência
Reparo a saliência dos meus sonhos
Vejo que não sair da tela desse computador
Perdi todo o pudor
Nesse sonho...
Acordada novamente
Veio a mente
A lembrança daquela chuva
Então, levanto e vou tomar mais uma dose de café