Sem Jeito

Depois de uma xícara de café

Me peguei analisando o vazio dessa casa

De repente as suas palavras começaram a ecoar

Na minha mente, olho para frente e sou capaz de te imaginar.

As nossas peles em contraste

É como se falaste:

“-Me arraste para a escuridão do seu quarto”

Sendo eu uma boba menina parto...

Puxo-lhe pela a camisa e te jogo contra a parede

Nesta noite matarei toda a sede de desejo que tenho sobre te

Suas mãos hábeis

Seus lábios

Beija-me cada vez mais lento

É um alento

Que aumenta o meu movimento corporal

Perdemos a passagem temporal

Ambos trêmulos e mudos

A comunicação parte apenas para olhares

Os ares a nossa volta para

E tudo se cala...

No fundo alguém fala

É distante, mas, somente agora recobro a consciência

Reparo a saliência dos meus sonhos

Vejo que não sair da tela desse computador

Perdi todo o pudor

Nesse sonho...

Acordada novamente

Veio a mente

A lembrança daquela chuva

Então, levanto e vou tomar mais uma dose de café

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 26/12/2018
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