OPUS MAGNUM

OPUS MAGNUM

Que quer que tenha feito ou tenha escrito,

Não me será tão grande ou tão bonito

Quanto esse teu sorriso.

Sim, pois se é obra minha que sorrias,

Haverás por meus versos alegrias,

Mesmo que de improviso.

Não há obra maior que dar prazer

Àqueles que por mais e melhor ler

Encontram-se nos versos.

Fazendo até de mínimas ficções

Mais imensas e intensas conclusões

Que saberes dispersos.

Faça rir e, por vezes, gargalhar

Pelas palavras chulas que a poetar

Eu deixe pelo poema.

Por certo de que muito mais errado

Seja não lhes deixar qualquer recado

Senão um vago esquema.

O mais, sejam grandezas ou tolices,

Minhas intelectuais sem-vergonhices

Passando por jocosas,

Temperem-se-me a lira desbocada

Que dedilho sem já pretender nada

Que as horas mais ditosas.

Peruíbe - 22 12 2018