Morenada.

Gorjeie sua boca morenada

Sobre as entranhas da meia-noite

E eu, flamingo de papo caído

Procuro sua parte mais íntima!

Enquanto resta se o cio forte

Espalhe no tugúrio a paixão

Ferindo a beleza de narciso

Quebrando os encantos da claraboia!

Empunhando-se de cisne branco

Abocanhando, meu corpo seminu

Pinando o flagelo para depor.

Ó puto que implícita meu âmago

Ordene, de volta a minha paz

Trazendo me o augúrio do inferno!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 15/08/2018
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