A MESMA POESIA

Quando as minhas mãos

Te ladeiam a pele

Sinto a ucha

E abraso também

Não queima por fora

Nem consome o interior

Mas arde que farta

E mais ainda

Por ter combustível

Chamado amor

E cada passagem

Cada toque

Se faz propulsor

E sinto de ti

A mesma montanha

Que quer explodir

Os corpos despidos

Respiram unidos

Entre os lábios em fusão

Tornando mais doce

O gosto profundo

Do beijo querido

E nada mais há

Além do espaço

Que se fecha em nós

Enquanto vai e vem

A troca constante

De firmar o amor

Entre gemidos

Sussurros das nossas almas

Escalando ao cume

Para explodir

Entrelaçados

No abraço fundido

E no fim ler no olhar

A mesma poesia

2018, jul, 10

Além da Névoa Alguém
Enviado por Além da Névoa Alguém em 10/07/2018
Código do texto: T6386391
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