Passado...Presente e Futuro!
Escuta…Destino…eu desisto …me entrego… aqui me tens.
Agora sou consciente que é impossível de quebrar o círculo mágico
das coincidências daquela noite de amor, e tudo que significou!
Pensado que ela era apenas uma felina e que suas unhas retrácteis
jamais sairiam de meu corpo silencioso e tranquilo de ausência,
esperando o inesperado regresso do seu calor na minha cama.
Jamais tentarei justificar o injustificável das cicatrizes da pele,
se foram elas que ordenaram os gritos orgásticos de todas as noites
entre a obliquidade disfarçada dos corpos esgotados na banheira
e a pureza das palavras que nossos olhares digitavam nos próprios
pensamentos que agora dominam o tempo inoportuno em que não está.
Eu sabia…eu sabia… que não valia a pena ela se esconder, se seu cheiro
continua entranhado em todas as audácias que meu corpo viveu…
Aquela mistura louca de cheiro de terra molhada e sexo insano
tornou-se em fé magnânima que jamais consegui espalhar por outras
mulheres…sendo o único mistério de meu mundo esta minha crença.
A razão nunca construiu qualquer caminho na nossa história,
onde as noites de sexo eram caprichos dos Deuses mais loucos e audazes,
que impunham a soberana essência dos detalhes das nossa fodas!
Desculpem a vulgaridade…que fodas!!
Sexo elevatório que vulgarizava as histórias escritas, metafísica barata
não superada pelos meninos burgueses humilhados pelos orgasmos
fingidos pela fraqueza de espírito de quem não sabe amar.
Ela irá se excitar ao ler esta minha confissão em público,
da forma soberba como esculpíamos oralidades entre as feridas das unhas
entre marés revoltas dos lençóis de linho amarrotados e molhados.
Dos risos excitados e gritados a alto e bom som que intimidavam os vizinhos
nesta rua aperaltada em que ambos moramos e eramos referenciados
nos piores, ah não, nos melhores boatos sobre depravados amantes.
É nesta mesma rua que eu ainda ouço o destino chamar por mim,
é nela mesma que eu vou continuar a esperar que voltes ainda mais bela…