Vem! Deita-te comigo!
Vem! Deita-te comigo, amor, na cama de linho Egípcio,
Onde desassossegadamente doaremos os corpos ao prazer…
Vem! Abraça-me, amor, agora reconhecemos nossos cheiros.
Vem para o meu mar bastante agitado pelos gritos do Fado,
da magia de minhas mãos, onde tudo valerá a pena acontecer….
Gozemos, quer não gozemos, vamos galopar como cavalos de corrida
silenciosamente pelos desassosegos das curvas húmidas das carnes.
Sem regras, nem podores, nem castidades que nos levantam a voz,
por invejas da monotonia que privam os verdadeiramente loucos,
sem cuidarem do desejo, porque se os tivessem se doavam como nós.
Eu sempre irei-te amar!
Amaremos! Tranquilamente…não posso prometer…não entre lençóis
amarrotados e sujos de beijos e abraços, de carícias, gemidos e gritos!
Vem…
Vem para o meu colo, para que o seu perfume me invada por completo
sem pinga de inocência dos nossos pecados carnais e enlouquecidos!
Não te desejo apenas na memória…vem…Deita-te comigo!