Ceia Lasciva
Luxúria preparou a mesa para jantarmos
Escolheu sua melhores bebidas
Para que combinasse com a carne que comeríamos
No decorrer da noite
Mas antes ficamos na antesala
Próxima a mesa de jantar
Conversando como apenas fosse algo banal
Ingênuo
Mal via que a cada toque
A cada olhar
A cada sorriso
Tragava-me mais para ti
Via-me simplesmente enebriado
Caminhando passo ante passo
Como aranha que atrai a presa a sua teia
Até sentar-me e observar tua oferenda
Estava prestes a provar
Tive meu lampejo de lucidez, por nós
Bebi do teu vinho
Comi do teu pão
Provei de tua carne
Mas
Não
Serei
Teu
Escravo