A Fúria das marés

Agora que nossos corpos são marés em fúria,

Calema sem rumo navegável no Cabo das tormentas

onde os corpos respondem ao borbulhar lácteo

ás urgentes perguntas que o desejo afoga na carne

quente de audazes correntezas incontroláveis…

Deixa-me submergir no teu tesão de levadia…

Assim!

Perde-se a razão e o juízo por desejá-la tanto…

Deixa-me saborear o teu sal sem temperança alguma

na ponta na língua do Fénix de Fogo esfomeado...

A tempestade de prazer explode nos nossos molhes

onde não pode haver calmaria entre nossos corpos...

Ouvir de novo a tua voz gemendo como o canto da sereia

mata-me a sede com água salgada entre tuas pernas…

Febo
Enviado por Febo em 22/03/2018
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