DISSIMULADO

DISSIMULADO

Jorge Linhaça

06/08/2005



Ando assim dissimulado

Não sou anjo nem demônio

Nessa ânsia de ser amado

Com ou sem matrimônio



Vejo as curvas de teu corpo

E desejo tocar-te inteira

De desejo eu fico louco

Pela nossa brincadeira



Tua boca macia me convida

Tua voz me acalenta o sonho

E nessa cópula consentida

A razão de lado eu ponho



Entrego-me a nossa orgia

Sem medos nem rodeios

E qualquer hora do dia

Realizamos nossos anseios



Depois com os corpos exauridos

Dessa volúpia sem hora marcada

Descansamos dos gozos sentidos

Abraçados juntinhos de madrugada