VERSOS ARDENTES!
Se queima-te meus versos ardentes,
Se lhe desperta uma insana vontade!
Verbo e carne em estado frementes,
É porque são forjados na intensidade!
São versos lavrados no açude d'alma,
São palavras molhadas no desejo pulsante!
São ebulições que perpassam dos pés à palma,
Abismos profundos deste peito amante!
Assim como livres nascem eles se vão,
Buscam-te na noite famintos feito matilha,
Deixe que obscenos vasculhem teus vãos,
Que habitem tua fecunda e bela ilha.