Cálice

Tomo o teu cálice

em minhas mãos

Mas o sabor desejável

dos seus beijos

O hálito puro,

Seus lábios

O desejo

O

mel

O medo e o remorso

Torna o seu conteúdo

Amargo como o fel

Viscoso e repugnante

Pecado somente

Doente, indecente

E

Cruel

Mas os seus olhos

Suplicam uma resposta

Uma saída

Ensaiam já a despedida

O adeus, a partida

Final

Refletimos juntos a dor, a decisão trêmula

As mãos se tocam, o coração acelera

E grita: mas há amor!

Afinal

Subitamente o cristal sibila, a cor muda

O perfume convence em sua essência

Os corpos se unem, o amor purifica

E restaura a pureza, sem inocência

Ou

Mal

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 04/12/2017
Reeditado em 05/12/2017
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