VERDE ESMERALDA

Caminhar contigo e não tocar-te

É andar nas areias de Camboinha

Em uma camisa de força

Cheia de células neuronais.

Ver-te bailar em plena luz

É sentir em delírios esperados

Tua língua no sabor das espumas

Deixadas nas areias de nossa praia.

Vejo-me plugado nus sentimentos

Não vendo a hora de ser devorado

Por atitudes plenamente suculentas

De desejos íntimos não revelados.

Diante de ti, meu ser é esmerado

Não sou uma mansão abandonada

Ocupada apenas por uns dias de verão

Sou corpo magma que se molha de paixão.