Meu ópio!
Pelo cheiro imaginava-te pura como um lírio,
pelas vestes… fria e insensível como o granito!
Desafio mais que ousado que nem eu acredito
Insano e louco …doce e picante…amor e martírio.
Contam que vens de uma linhagem majestosa
Que és muito desdenhosa e vaidosa
Mas desconhecia que o maior prazer da tua vida
Seria correr em mim sem regras…sem brida.
Chamei-te voraz imperatriz das fátuas,
… fatal…ousada em braile de oralidades
louca que és em molde de castidades,
Ahhh…gritam os desejos…gritam as estátuas.
As mesmas que narram o cruel martírio
da ausência do corpo sem defeito,
onde solto o orgasmo no teu peito …
O beijo despede-se da boca com sabor a sexo.
Porém eu sei que tu és como o ópio
Vicias, me desvairas e deixas sem nexo…
Pelo cheiro imaginava-te pura como um lírio!