Caloroso tecido
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Caloroso tecido
O que as calcinhas
encobrem
é sempre quente.
O que os desejos
descobrem
está na mente.
O que
buscam as mãos
por baixo se esconde.
O que
fisga a pele
por cima se expõe.
Não quero tecidos nem peças.
Não busco suores nem peles.
Não apenas isso,
tão volátil entrega.
Quero, às avessas,
tua alma dominar.
Teus trajes
jogar ao chão...
Sentir exalar, de ti,
o que tua mente produziu
ao sentir o meu toque.
De brinde,
sempre que preciso for,
o calor da tua calcinha,
única e soberana peça,
viajando pelo espaço.
Nijair Araújo Pinto
Iguatu, 6 de outubro de 2017.
12h18min
.:. obrigado