Deusa
Ela era deslumbrante!
Afrodite encarnada!
Curvilínea, seios fartos,
adornados pelos cachos
dos longos cabelos negros.
Sua pele, macia e perfumada como um jambo maduro,
seus lábios carnudos enlouqueciam
quem neles tocava...
Sereia, enfeitiçava com sua beleza.
Mulher quente como as fornalhas
dos velhos engenhos!
Por onde passava,
os homens eram embriagados
pelo seu ar suave e sedutor
de mulher madura.
Ciente do magnetismo que provoca,
ali, diante de mim, sorri sedutora,
a boca bordô entreaberta,
convidando ao beijo
entre outras delícias...
Inclina o colo, me provoca com o decote.
Vislumbro seios volumosos sob o tecido,
Já sinto a textura, pele contra pele.
Uma alça de seda desliza lânguida,
a curva do ombro, o seio à mostra.
Não resisto! Cravo dedos e dentes
naquela carne macia.
Sentada sobre a mesa, seu corpo me chama
Provo da sua pele, da sua intimidade.
Sinto na língua o gosto do seu prazer.
Desejo penetrá-la!
Invado seu corpo, devoro seus mamilos.
Somos um só ritmo.
Frenesi que entorpece, enlouquece,
Gozo que anestesia.