PRAZER SEM MALDADE

Ah! Quando me esqueço quanto

Já quis e desquis ter mais quereres,

Não me rola nenhum pranto,

Mas me entristece por menos saberes.

Sorrisos, pernas e lábios,

Taças, cálices e vestidos,

Não pretendia ser sábio,

Só tinha desejos incontidos.

Meias, ligas e sandálias

Música alta, vozes roucas,

Cortinas em estampas bromélias,

Fumaças e outras doses poucas.

Ah! Quando me lembro quanto

Eram imensos nossos quartos.

Beijos, abraços e outros tantos,

Depois o descanso em corpos fartos.

Chame-me de novo pra a festa,

Traga-me um copo pela metade.

Quero a alegria que me resta,

Quero prazeres sem maldade.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 23/09/2017
Código do texto: T6122593
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.