PARALAXE.
Prazeroso o ângulo,
De vê-la acomodada no divã,
Séria. Fita nos dedos da mão esquerda,
Acomodadas na sua mini saia,
Apresentavam-se,
Lindas pernas gêmeas,
Arrumadas paralelamente,
Morenas, depiladas e nuas,
Passei a devanear,
Aproximei-me,
Abraçando-a bem de vagar,
Seus seios deixaram-se apertar no meu peito,
Sentindo sua respiração,
A palpitação do seu coração,
Seus cabelos lisos e negros,
Arrumados, longos e negros,
Seu hálito e respiração,
Sua voz como canção,
Nada é mais prazeroso.
Este momento de absorção,
Arrumaram-se meus pensamentos,
Quando segurei sua mão,
Observei, que mesmo o pelo inflamado
Na sua coxa esquerda agredida,
Não lhe diminuiu a beleza contida.
Longas e musculosas,
Bem malhadas e definidas,
Seu sorriso alegre e silencioso,
No seu rosto moreno e feliz,
Realçado pela cicatriz,
Que falava da criança,
Que fugia da mãe para ser feliz.
DOMINGOS INÁCIO.