DO POETA...

O beijo no rosto já alucinado

De prazeres tantos já deitados

Ai infinito vais me levando toda

Entre nós dois não há abismo

Entre o fruto todo vem essa polpa

Que cultiva o contrário desse outro

Eternizas decorrendo todo teu minuto

E bebes da fonte que por si semeia

No hábito todo duma poesia

Pungência em viver este hoje

Extrema nota dum violino

Deixas cair todo este mel em mim

Na agreste sucata da palavra felina

Floresces assim o pão meu de cada dia...

Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 10/08/2017
Reeditado em 10/08/2017
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