DO POETA...
O beijo no rosto já alucinado
De prazeres tantos já deitados
Ai infinito vais me levando toda
Entre nós dois não há abismo
Entre o fruto todo vem essa polpa
Que cultiva o contrário desse outro
Eternizas decorrendo todo teu minuto
E bebes da fonte que por si semeia
No hábito todo duma poesia
Pungência em viver este hoje
Extrema nota dum violino
Deixas cair todo este mel em mim
Na agreste sucata da palavra felina
Floresces assim o pão meu de cada dia...