RUGE A FÊMEA, GEME A FERA!

RUGE A FÊMEA, GEME A FERA!

...No arrepio, que percorre a espinha;

Há penugem eriçada por toda a pele;

Em suave toque que do sono desvele;

Desperta a fera desejosa e mansinha.

Sagaz como fêmea voraz em seu cio;

Se move maliciosa em busca da caça;

No seu bailar leve, envolto em graça;

Ataca a presa, por ser esse seu vício.

Implacável em seus desejos insanos;

Avança com sede direto ao pescoço;

Mas dominando a presa sem esforço;

Ela se entrega, a prazeres mundanos.

Então, a predadora já não é mais feroz;

Agora a presa que impõe seus fascínios;

Subjugando a fêmea aos seus domínios;

A devora e sacia-se sendo agora o algoz.