AMOR INFERNAL
Como carnívoro que sou,
Nada do teu corpo restou,
Porque a chupei por inteira
Até a última gota de sangue.
Vampiromania no ar?
Muitos gemidos e gritos também
Foram os sinais comprobatórios
Da nossa união animalesca.
A carne rasgando a carne,
Como o punhal amoladíssimo
Partindo uma fruta ao meio:
Era o filme da noite!
Cinemania no ar?
Nesse dia banal,
Meu amor infernal
Coçou teu íntimo prazer
De menina felina.
(poesia constante à pág. 83, do livro 'PoSIA & Pó", contendo 112 poesias, publicado em 2004, Editora Kelps de Goiânia-GO, Copyrigth c 2004 by Angelly Bernardo de Sousa, B521, CDU 821.134.3(811.7)-1).