EFÊMERO...

Naquilo que há de mais efêmero

Consiste no verbo todo exalado

Estrelas sempre que passeiam

Num universo assim constelado

Como a vértebra que toda cai

Em flores colhidas lá dos céus

Em botão enfeitando jardins

Ludibriada forma vai pairar

Hei de virar musa naquele paraíso

Onde a poesia é puro acalanto d'alma

Despindo em mim paixão que nunca

Haverá um dia ser revelada em mãos

Tiras meu sono e perpetuas em ti

Numa crise de sinais todos velados...

Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 13/07/2017
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