INVASÃO DE PRIVACIDADE

Como o sabão liso n' água,

A mão do rapaz desliza

Sobre o corpo de seda

Da moça tímida e inibida.

A aproximação dos dois corpos

Deixa-a tão envergonhada

Que o suor do seu corpo virginal

É palco da quente evaporação.

Toda trêmula e invadida

Ela se sente, sente-se agredida

Por aquela mão bandida,

Experiente, vil e fingida.

Com a adolescente idade,

A moça entrega-se a liberdade

De um amor carrasco da privacidade

Que a valorizava de verdade.

É a invasão da mão que acaricia

É faz do belo corpo uma democracia.

É a mão lisa, ágil e insistente,

Uma mão rainha e inteligente

ANGELLY BERNARDO
Enviado por ANGELLY BERNARDO em 02/07/2017
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