A mulher do sol e da lua
À minha pequena lira,
Tua vontade felina,
Ardes o corpo sem pejo
À flor ardente e ao desejo,
Teu corpo morno fascina.
Teus seios são tão macios
Como um calor da brancura...
Foste uma ninfa mais pura,
Giraste os bicos nos rios.
Alvor, deleite e delírio,
Que ao joelho suado sem jeito...
Que gole! Que ânsia de um peito!
Dourando a chuva no lírio.
Teus olhos verdes da lua,
Sê bela... Que é uma luxúria
Sobre a lindeza da fúria,
Sempre és belíssima e nua...
Dirás: - "seduzo-te, poeta!"
Que em teus amores carnais
Entre as linguagens banais,
Eis-me uma cama ainda quieta...
Que assanhes, beijes e molhes...
Tu me amarás sem pudor
Que é o nosso amor sedutor?!...
Talvez, agora me escolhes.
Douraste as gotas no mar,
Que a tua mão as enverga
Depois de doer uma verga,
Tu que hás de soar e assanhar...
És como um sol da delicia,
Teus lábios são tão vermelhos,
Quero-te nua em espelhos!
Sabes assim, sem malícia.
Lucas Munhoz - 24/05/2017