Dengo
O mel que ainda não foi sorvido
A flor que não foi colhida espera
A sede que persiste na boca anseia
O desejo que lateja à sua espera
O lago que continua agitado
O vento que não tem calmaria
Inquietude que desconhece a paz
A luz que não ilumina o caminho
A porta que ainda não foi aberta
A minha pele que desconhece a sua
A palavra muda querendo gritar
As roupas que não foram rasgadas
O querer que não foi satisfeito
Espera que se desespera aguardando
A sua água que não deságua em mim
O início que não ousa se precipitar
Dengo, vem tragar meu dengo por você
Dá-me sua boca que já é hora
Agora amor, meu amor está derramando
Não suporto mais a sua ausência
Inquieta-me toda e demais!
Eu te quero já, agora na minha urgência!
Logo, depressa, esteja aqui para nós!