Os corpos se entendem
Uma conversa de madrugada,
um falar da vida,
uma troca de experiências vividas e sentidas.
Umas desculpas sem propósito, apenas com a intensão de seduzir e trazer pra perto seu objeto de desejo.
O relembrar um tempo nostálgico de aproximação e rejeição e ser pego de surpresa pelo sim inesperado.
O que desperta a curiosidade e provoca prazer imediato, no toque, no corpo desenhado e perfeito, volumes e protuberâncias únicos. Um desnudar sem medo, na confiança do silêncio e do partilhar um gozo que só pertence a nós. Não precisa ser dividido, contado, apenas sentido na sua totalidade, ali, na madrugada.
E os corpos se entendem, poucas palavras, muita entrega. Milímetros a milímetros da extensão do corpo explorado num desejo que não cessa e quer mais do tempo contado.
Promessas nunca feitas, elas não eram necessárias, ali valia apenas o instante, fosse ele o tempo que durasse.
Um tocar cada vez mais profundo, quase querendo desvendar e trazer para mais perto.
Uma vontade louca de parar o tempo e repetir várias vezes o mesmo prazer.
Uma pele que se encosta e acende a brasa do desejo,
Um cheiro, o som suave, gemidos sussurrados de prazer, uma entrega que começa aos poucos e que ao fim, ah, o fim… É sempre um eterno recomeço.
Escutar seus sons de prazer, olhar seu rosto enquanto seu corpo reage aos toques cada vez mais intensos, mais provocativos, ver você perder o limite do permitido e dar mais do que se propôs de início, ceder por querer, virar-se de costas e revelar uma vontade sem dizer, e a leitura é: faça, vá o mais profundo que conseguir, me faz sentir você em mim.
Não há timidez diante do acordo feito, despir-se é natural, mensurar o tempo, deixar a boca explorar o corpo, sem beijo, tudo, menos o beijo.
Ousado e gostoso
disponível em http://casarantes.com.br/os-corpos-se-entendem/
do grande