DUALIDADE DE OLHARES
E eu, tao menino, navegando na ilusão
Fiz do seu, meu mundo cão
Entreguei-me ao teu prazer.
Sem nem mesmo ter o que fazer.
Ao navegar em teus olhos verdes
Levantei velas sem ter medo da imensidão
Recolhi âncoras, tendo o mar por paredes
Sem toque, sem beijos, me doei completamente
Entre seus braços emergir, no teu laço me envolvi
No teu espaço me metí
E, sem medo algum, me perdi.
Sem saber se era real na minha doce ilusão
ou realidade na minha solidão,
te imaginei e volúpias eu criei.
Sou teu e tu és minha,
mesmo que a distância nos faça sucumbir ao desespero
De nunca sermos veros amantes!
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A navegar em nuvens de algodão,
Apreciando a imensidão,
Deparei-me com a escuridão,
Dos seus olhos,
Mergulhei pronfundo,
Perdi-me em teu mundo,
Na vastidão do teu mar,
Roubaste meu ar,
Emergi em teu braço,
Na eternidade do espaço,
Envolvida em teu enlaço,
Deste-me as estrelas
Banhei-me a luz da lua,
Corpo e alma nua,
Aquecida pelo calor,
Do nosso amor
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