R E T R A T O D E U M M O M E N T O

As minhas mãos desbravavam meus medos

Enfim a cada botão descortinava seus segredos

Seus olhos reluzentes eram a luz na imensidão

Desnudando seu corpo entre o sim e o não

Sentia-te ofegante entre murmúrios e gemidos

Tua pele a arrepiar e teus seios intumescidos

As preliminares revelavam o desejo a explodir

Mar revolto, leão a rugir, fogo a arder e vento a zunir

E lá fomos nós no mais sublime ir e vir

Já não havia medo apenas caminhos a seguir

Entre vales e montanhas no mais feroz galope

Havia o sentido de tudo menos o não me rele não me toque

No mar fez-se a calmaria na mais terna bonança

As mãos acariciavam a fera que já não mais bramia

O fogo dera lugar à fumaça indicando que ainda podia arder

O vento transformou-se em brisa trazendo a vontade de ainda te ter