SUBMERSO (comentem)

Serve-se a mim, como em auto-sacrifício

Como se posta à mesa, lânguida, servida

Rubra, melada! Absoluto é o prazer!

Serve-se de mim, é o gosto da vida

Tão doce morena, cujo cheiro enebria

Linda e rubra, em chamas, tua flor se abre

É teu corpo entregue, servindo-se de mim

E sendo tu a amazona, meu inteiro lhe cabe

Diz-me coisas em sussurros íntimos

Devassos, vorazes, condenáveis, profanos

Nosso fogo tão pleno, em suor se derrete

Sou um afluente a desaguar em teu oceano

Ouço sôfregas palavras entrecortadas

E entre estalos, os instintos se atiçam

Arrasto minhas unhas, risco tua pele

Mordo teus lóbulos, teus pelos se eriçam

Então, suplica manhosa, goza comigo

Revira os olhos, é o primitivo prazer

É o teu ápice, banha-me em teu oceano

E totalmente submerso, deságuo em você.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 11/02/2017
Código do texto: T5909046
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