COXAS II (...versos dedicados à mesma vizinha gostosa!)

TADEU BAHIA

“...não desejarás a sua mulher, nem a do seu servo, nem a sua serva... ÊXODO – Vs. 17”

É bonito falar

Como eu gosto de você

E gosto tanto!!

O meu Espírito

Enche-se de luzes e encantos

E em todos os cantos

Vejo a beleza de você...

Ah! Como foi doce

E verdadeiro

Ofertar-lhe aqueles veros

E com o coração aos pulos

Declarar o meu amor por você!

Foram momentos em que me senti criança

E na minha timidez vencida

Os lábios trêmulos

E a voz, mais trêmula ainda,

Que lhe disse:

“...escrevi esses versos para você!”

Como é tolo apaixonar-se

E como ainda é mais tolo

O não apaixonar-se!...

Das delícias do amor

O momento da declaração

É o mais verdadeiro

Quando o coração

E o Espírito

Estremecem por inteiro

Frente à sua presença...

Puxa, como é bom,

Como é doce

Gostar de você como eu gosto

De uma maneira tão pura

E descompromissada

Quando ouço canções

De felicidades cantadas

Pelos quatro cantos

E recantos

Do apartamento...

Ai, como são belos

Esses momentos

Quando as nossas Almas parecem

Andarem unidas e leves

Como o éter,

Ou muito mais leves ainda

Sugerindo até

Que vivemos um sonho!

Um sonho maravilhoso

Onde os seus olhos

Negros e apertadinhos

Tão cheios de carinho

Pousam nos meus

E me embebem de ternura...

Os meus olhos verdes e tristes

Sorriem momentaneamente

De felicidades...

A felicidade dos seus olhos

Tão apertadinhos

Tão bonitinhos

Olhos de boneca

Que olham trigueiros

Envolvendo-me em mil volúpias

Em carícias malucas

Jogando-me sobre o sofá

E envolvendo-me de beijos!

Ai, se você soubesse

Da minha tristeza

Quando chego em casa

E vejo tudo vazio...

Nenhuma criança me espera

Nenhuma criança na janela

Nenhuma criança... nenhuma criança...

Puxa... eu seria tão feliz

Se tivesse um filho...

Ou dois filhos... ou três filhos...

OU MUITOS E MUITOS FILHOS!

Em dois casamentos

Nenhum filho me apareceu

E a cada dia o meu coração se fecha,

Entristece-se,

Apesar da aparência natural

Do meu rosto

Dos meus traços

Inalterados

Que a velhice ainda não alcança...

Como seria feliz

Se fosse igual à você,

Tivesse ao menos uma criança,

Ou mais crianças ainda,

Para me chamarem de PAPAI!

E que eu pudesse, ao chegar do trabalho,

Pegar nas suas mãozinhas

Pequeninas e indefesas

E conduzi-las pelos caminhos da Vida

Tão cheia de verdades e incertezas!

Como seria feliz

Se você, ou alguém, me dessem

Essa felicidade...

Cada vez que tento com ela

A angústia me oprime a Alma

E eu vejo os meus sonhos esvaírem-se

Por entre as pernas e coxas

Num suspiro translúcido

E indefeso

Dentro da noite...

As, as noites da perda

Quando a Alma em soluços

Lateja

E urra de desespero

E incapacidade...

Quando vemos o fio da Vida

Esvair-se pelas pernas

No sangue que vai

E cai nos ralos e esgotos

Dos Hospitais

...mais um pedaço vivo da minha Eternidade:

MAIS UM FETO!

Puxa, como eu choro,

Choro feito criança

Nessas noites tristes

E intermináveis,

Quando parece que o meu Espírito

Sucumbe em dores

Irreparáveis

E pelas minhas veias

Corre fogo

E não o sangue

E o meu corpo

Exangue

Estremece infeliz...

Por isto fico feliz

Quando você aparece

E eu sei

Que você é MÃE,

Uma Mãe adorada

Que ralha e sorri

Que reclama e acaricia

Como quem reza

Uma prece!!

Por isto fico feliz

Quando você chega

E a sua presença

Enche-me de luzes

O coração

E como num toque

De mágica

As minhas tristezas

E o meu pranto

Desaparecem

NO TOQUE DE FADA

DA SUA PRESENÇA!

A sua presença

Alegre e bendita

Que andeja comigo

Pelos cantos e recantos

Da minha Biblioteca...

A sua presença

Entontece-me

De prazer...

A sua presença

É como um bálsamo

Na ferida aberta

E incicatrizável

Da minha Alma...

A sua presença

É LUZ

É transparência

É calma

É sossego

É carícia...

A sua presença

São notas divinas

Voando tranquilas

Nos jardins suspensos

Da minha imaginação!

A sua presença

São claves de sóis

Prelúdios em ré menor

E si bemol maior

Que adentram suaves

Pelas janelas abertas...

A sua presença

Somos nós dois

Andando unidos

E “suspeitos” ao crepúsculo!

A sua presença

São indícios de saudades

Neste mês de novembro

Que avança com celeridade

Ao cair dessa tarde

Que se esvai

E vai

E cai

Na retina

Dos seus olhos negros

E apertadinhos,

E na doçura esverdeada

Dos meus olhos

Tão cabisbaixos

E tristes... tão sozinhos

Por ainda não possuírem

A posse definitiva de você!

Você...

Como não cobiçar-lhe

Se você é tão doce?

Se você

É carícia

É doçura

É tesão

É gostosura

É noite

É festa?

Como não cobiçar-lhe

Se lhe adoro

Tanto e tanto

E todas as noites

Quando você aparece

Transforma-se – por encanto –

O meu Espírito tão triste

Em puras alegrias??...

Por que não cobiçar-lhe

E poder sentir as carícias

Dos seus braços

Macios

Abraçando-me

Envolvendo-me

Afagando-me

...

Ah! Como anseio

O seu corpo

Pequena escultura de louça

E cabelos... e cabelos...

Artisticamente moldada

Artisticamente talhada

Para a minha admiração?

Como não cobiçar-lhe

Se ao imaginar-lhe

O meu corpo enche-se

De TESÃO?

E o meu sexo

Entumece louco

E vigoroso

E DURO!

E quente

Por baixo das minhas calças?

Como não cobiçar-lhe

Sentindo esse mesmo frio

Que sopra pelas ruas e praças

Abandonando os recônditos do seu corpo

Que adormece?...

Como não cobiçar-lhe

Se o seu corpo é um convite

Ao prazer e à prece?

Se o seu corpo é doçura

É encanto

É carícia

É acalanto

Que todas as noites

Cantam músicas de ninar

Para adormecer as estrelas!??...

Ah!... eu nunca pensei

Que gostar de você

Fosse em mim uma coisa

Tão verdadeira,

Quando parece que a gente

Não mais se pertence

E embevecida de amores

Escreve versos e versos

Dementes e apaixonados!

Como não amar você?

Ai... sofro então esse pecado

De gostar de você

Nessa maneira louca

E desbragada

Embriagando a minha Alma

No néctar dessa paixão maluca

E tão doce...

Ai, minha pequenina,

Minha coisinha gostosa,

Vem para os meus braços

Morenos e apaixonados,

Encosta a cabecinha

No meu peito

E escuta o pulsar nervoso

De um coração ardente

E transloucado

Que pulsa cadente

E alucinado

Tal cometa errante

Perdido no Universo...

Ai... como foi gratificante

Ouvir dos seus lábios

Elogios aos meus versos!!

Ai... sinto uma vontade louca

De lhe possuir nos meus braços

E beijar-lhe

E chupar-lhe a boca

E abraçar-lhe

Sentindo em mim

O seu corpo em chamas!!

...MAS TENHO MEDO...

Não sei como você reagiria

Esta minha ousadia

De lhe acariciar

Mansa e docemente,

De lhe possuir nos meus braços

Por inteira,

Sentindo o perfume suave

E sensual do seu corpo,

Sentir a ternura quente

E gostosa das suas coxas,

Sentir o roçar ardente

Das suas coxas entrelaçadas nas minhas:

Morenas, peludas,

Nas minhas...

Grossas, morenas,

Também peludas

Usadas do mar

E das corridas de rua;

Sentir a suavidade

Do seu corpo junto ao meu

Envolvendo-me como uma música

À luz de velas

Dentro da noite...

Por que não apaixonar-me?

Por você?

Como não cobiçar-lhe

...Me diga!!

COMO NÃO COBIÇAR-LHE?

Ai... e eu que lhe adoro tanto!

Perdoa em mim

Esses momentos de entrega

Quando ofereço a você

Toda a pureza do meu amor

Nessas palavras tão bobas,

Nesses versos tão sem graça

MAS TÃO VERDADEIROS!

Eu gostei tanto

Quando passeei com você

Naquele final de tarde

Enquanto as crianças brincavam

Pelas calçadas

E os pássaros cantavam

Em alegres revoadas

Sobre nós dois!...

Como foi gostoso

Passear com você

E sentir do seu hálito

O mais puro frescor

E ouvir as suas palavras

Ciciantes e límpidas

Nos meus ouvidos...

Como você é doce

Na sua integridade

Como você é pura

Na sua sensualidade!

Ai... os meus veros de amor

Não seriam versos de amor

Se o amor – por você – não existisse!

Se à sua cálida presença

O amor, em mim, não fluísse,

Puro e natural

Da minha lira de poeta!...

Agora, minha coisinha pequena,

Você, a mim, é tudo o que resta,

Sei que o meu coração

Sofrerá desesperado

Por amar tanto

E de uma maneira única

E verdadeira...

Sei que perecerei

Horas... dias... anos...

A eternidade inteira!

Pensando apaixonadamente

Em você...

Ai...

Poder estar deitado

Junto com você

E sentir a força do vento

Agitando as árvores

E levando as folhas de roldão

Na calada da noite...

Poder sentir você

Nos meus braços

Despida...

Inteiramente despida...

Totalmente despida...

E tão natural

Tal essa brisa noturna

Que sopra

A transpirar idílios e sonhos!

Poder sentir os seus pelos

Os seus cabelos

As suas coxas

O seu sexo

Vibrando

Mexendo

E sentir a carícia leve

Dos seus seios macios...

Você bem sabe como os seus seios

São tão macios!!...

...poder alisá-los...

...acariciá-los...

...mamá-los...

Como num sonho!

Como se fossem, os seus seios,

Uma flor ou uma pétala

Como se você fosse néctar

Fonte límpida de orgasmo

E poder beber do mel

Dos seus lábios

E do leite sensual

E morno

Da sua vagina...

Ai!... tenho sonhos de louco

Que você nem imagina!

E peço perdão por esses meus versos

De rimas tão puras... porém tão traquinas!

...

A suavidade da música

Envolve a noite

Com a sua harmonia,

E eu aqui – sozinho –

Sentado no chão da Biblioteca

A ouvir a música que você gosta

Sentindo-a por inteira – nota a nota –

...é como se você estivesse presente,

E em cada nota da música que toca

Fosse uma palavra sua cálida e nítida,

A brilhar mais que as luzes das estrelas!...

Gosto de você tanto e tanto

Que não me importo

Com os erros de concordância

Ou falhas de sintaxe

Neste meu rabiscar...

As palavras fluem puras e límpidas

Tais gotas de cristal

E as rimas que caem

E entrelaçam-se no papel

Em lances de acordes magistrais

Como se fossem uma sinfonia...

É tarde da noite

Início de madrugada

E a minha Alma

Continua acordada

E sozinha!...

E a minha Alma

Continua abandonada

E vazia...

Vem... acorda!...

Pega nas minhas mãos

Trêmulas e nervosas

Aperta-as com carinho

Nas suas pequeninas e tão gostosas!

Passeia de novo comigo

Pelos jardins

Vem recuperar o meu tempo perdido

Ser o meu consolo... o meu alento...

Vem... pega nas minhas mãos

Não tenha medo

Os meus passos

Acompanharão os seus passos

E serão desfeitos

Todos os nossos mistérios...

Abrir-se-ão as pétalas

Das flores novas

Em pétalas límpidas

E maravilhosas!...

Vem... vem comigo

Não tenha medo de amar

Pois o amor

É um sentimento puro

E tem de ser vivido

Com toda a intensidade!

Vem... deita comigo

Ouve essa música suave

Que nos envolve

E sonha!

Sonha com momentos de paz

Iguais a esses

Em que as minhas mãos afagam

Docemente os seus braços

Acariciam os seus seios

Quais esculturas morenas

A me alucinarem de amores!!

Ai... deixa que as minhas mãos

Trêmulas e loucas de poeta deslizem

Pecadoras e quentes sobre o seu corpo

Não... não fala nada!...

Fica calada!... calada e quieta...

Fecha esses olhos apertadinhos

E sonha... sente quanto carinho

As minhas carícias espalham

Por sobre o seu corpo inteiro,

Vê quanto fogo que arde louco

Nas suas coxas...

No seu ventre...

E entre as suas pernas!!

Sente as minhas mãos ardentes

A alisarem o seu sexo...

A apalparem o seu sexo

Mansamente... devagar...

... bemmm devagar...

Ai!!... sente as carícias dos meus dedos

Alisando o seu ventre... bem devagar...

A incendiar o seu corpo de zonzos desejos...

De mil desejos...

De desejos de posse

De desejos de violência carnal,

De desejos de volúpia

De uma volúpia plena

Que sangra

E estremece o meu sexo

Todo o seu corpo

Que por mim acariciado

Relaxa... e gozaaa... maisss

Mais... e... maisss!!!...

Ai!... minha coisinha pequena,

Sente o meu corpo inteiro

Penetrando no seu corpo...

Sente o meu corpo

Incendiando o seu em delícias

Em volúpias loucas

E ardentes carícias...

Deixa que eu pouse os meus lábios

Mansamente

Nos bicos dos seus seios morenos

...

Ai... eu queria ser

Os seus seios morenos

E delicados

Pousados nas minhas mãos

Quais tesouros raros e encantados!

Queria que eles sentissem

A carícia envolvente da minha língua

Chupando-os devagar... bem devagar...

E gostosamente

Esses seus seios

Loucos em devaneios

Os mais desesperados!

Ai... afrouxar os decotes da sua blusa

Em que escondes os seus seios

Esses seios morenos e gostosos...

Que te tão gostosos

ENLOUQUECEM-ME!!

Lembro quando você fazia

Que se abaixava

E se chegava perto

Bem perto de mim

E logo em seguida

Você propositalmente

“afrouxava” a blusa

E “soltava” aqueles seios

E eles saltavam loucos

Nas palmas das minhas mãos!!

Vem... me mata logo de desejos!!

Deixa-me ver outra vez os seus seios,

Os seus seios gostosos e morenos;

Deixa-me outra vez acaricia-los...

Deixa-me outra vez chupá-los

...eu chupo... bem... devagar...

...eu chupo... bemmm.... de...vagarrr

... bem devagar...

Para você não chorar!

Deixa-me lambê-los com a minha língua...

Deixa-me intumesce-los com a minha língua...

Deixa-me possuí-los com a minha língua...

Deixa-me gritar... gritar... G R I T A R!!

De gozo desesperado e abundante!

Deixa-me rasgá-los

Com a força louca dos meus DENTES!!

AI... AI.. AI...

AI...AI...AI...

AI... AI...

AI...

Parte Final dos versos dedicados a uma vizinha sem nome, escrito em Salvador – BAHIA, na noite de 28 de novembro de 1995.

TADEU BAHIA - O autor.

TADEU BAHIA
Enviado por TADEU BAHIA em 08/01/2017
Reeditado em 21/01/2017
Código do texto: T5876185
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