Orquídea
 
Sentado à beira rio,
Um perfume bom de orquídea
Preenchia o onírico frio...
Onde as cores fê-la  ambígua...
Cores, que todas as cores,
Curam a dor dos amores!
 
A orquídea se fez mulher!
Trepadeira, as formas belas
Vêm ao tronco de aluguer...
Pintadas, voam em telas...
O tronco que lhes dá vida,
Multiplica na acolhida.
 
Árvore, fecundo gênero,
Sustento de flores belas...
Se orquídea é doce vênero,
O campo se faz janelas!
O orquidário é pomar
De frutos, flores em par!
 
Quisera poder cantar,
Como o pássaro azulão...
Ave que se mostra avatar,
Quando canta no perdão...
Mas se eu fosse um sabiá,
À orquídea iria chorar!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 29/10/2016
Código do texto: T5806395
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.