Gritos calados
Um vento suspira, a porta abre:
Depressa! De súbito! De madrugada...
E cada passo tácito no chão
e cada rangido sentido no leito
e cada nota engolida em falsete
a toques em teclas de peito
e pernas e pélvis e pênis e atos
de língua, garganta, lábios, palatos,
são gritos calados no vão do silêncio
que expulsam, a corpos, a solidão.