SÓ VIDA ALIMENTA VIDA

Só vida alimenta vida não existe outra maneira,

Mas é preciso ter regras para que tudo se ajeite,

E não haja o extermínio de quem não detém domínio,

Do seu corpo por inteiro, cada ser é um predador,

Nesta vida universal com limites pertinentes,

E não apenas conceitual quando existe um parasita,

E este se multiplica de forma descomunal.

É certo que extermina quem lhe fornece a vitamina,

Para seu próprio existir porquanto sejamos sensatos,

E não promovamos o desacato a quem merece o respeito,

Cada um em sua dose e assim a metamorfose,

Acontece onde for justa e todos sobreviverão,

Ou então se transformarão no que lhe seja objeto,

E assim também os dejetos terão as suas funções fins.

De adubar a novas vidas sarando tantas feridas,

Dando viço a quem chegou no fundo é uma cadeia,

Consolidando uma teia onde se busca o amor,

Em cada botão de rosa uma esperança preservada,

Mas logo estas ficam murchas e precisam ser renovadas,

Não me force a te esquecer pois não consigo viver,

Sem degustar tuas salivas em nossos beijos trocados,

Em nossos corpos colados nos arrepios que sinto,

Teus pelos já eriçados e o meu falo excitado buscando a tua flor,

Sejamos os dois sedentos destes calorosos eventos,

Que fundem os nossos corpos te amo desde pequeno,

Pois fostes tu minha fêmea no ato da minha entrega,

A ti dei minha virgindade, mas também fui agraciado,

Com tua vergonha intocada vamos seguirmos adiante,

Lapidando estes diamantes que perfazem as nossas vidas.

LUSO POEMAS, 15/08/16