O POEMA DE SÁBADO
POEMA DE SÁBADO
Tua pele vem-me,
Em quandos, pontos
Às pontas de dedos
Faço-te em linhas e
Eles, ponho aos deleites
Do aqui, ali, às
Precisas vírgulas,
(preciso respirar)
Estou em você,
Ao nem aí dos precipícios
Inteiro, à tua pele,
Tão pontos, pontos, pontos...
Você é assim, não há finais,
Parágrafos, parágrafos...
Tenho-os, tenho-a
À ponta da língua.
Sei, vieste dos sonhos...
E então, dois pontos,
Perdidos: o meu olhar!