Jorrar
Vida servida no calor dos lábios.
A hora certa,
à guisa certeira,
a maçã certa,
jardins regados por suor e batom,
morros, mares,
ofegantes seios teus
que sufocam em calmaria singular.
Plurais de nós...
A cama aquece a poesia
que sobe e desce no aconchego dos desejos.
A chuva esquece de cessar para não denunciar nossos ecos.
Quarto de hotel,
quartos de hora,
quatro e algarismos mais sob os lençóis.
Jorrar.