Jorrar

Vida servida no calor dos lábios.

A hora certa,

à guisa certeira,

a maçã certa,

jardins regados por suor e batom,

morros, mares,

ofegantes seios teus

que sufocam em calmaria singular.

Plurais de nós...

A cama aquece a poesia

que sobe e desce no aconchego dos desejos.

A chuva esquece de cessar para não denunciar nossos ecos.

Quarto de hotel,

quartos de hora,

quatro e algarismos mais sob os lençóis.

Jorrar.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 16/06/2016
Código do texto: T5669473
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