A que sabe o amor?
Desconheço o seu sabor,
Diz o poeta: - romãs…
De teus lábios não brotam caroços
Talvez mel, talvez fel
Na aspereza das palavras,
- Olha só a roupa espalhada.
[quero amar-te não quero saber da roupa
Quero sorver de ti o amor,
Quero beber o teu sabor, tua essência…
[ó deus me de paciência…
Quero traçar teu corpo num abraço,
Quero erguer-te no espaço,
Rodopiando bailando,
Percorrendo teu cheiro!
Deitar-me em ti,
Viajar no teu vale,
Sentir o teu sal,
Dar-te amor,
Sentir seu sabor!
Acolhe-me em ti,
Como o vaso a orquídea,
Deixa que floresça,
Num gemido, num sussurro,
Deixa que cresça,
Que se torne intenso,
Que se forme movimento,
Que seja cadencia,
Que seja grito, espasmo, prazer,
Deixa que gema,
Que escutem as paredes,
Que que se envergonhem os lençóis,
Da falta pudor
Louco dos amantes!
A que sabe o Amor?
Não qualquer sabor,
Não apenas a mar,
Mas a ti, a mim, ao ato de amar!
Doce, suave, encorpado, salgado,
Amargo, húmido, desejado, beijado!
A que sabe o amor?
A tudo,
Quando bem partilhado!
Desconheço o seu sabor,
Diz o poeta: - romãs…
De teus lábios não brotam caroços
Talvez mel, talvez fel
Na aspereza das palavras,
- Olha só a roupa espalhada.
[quero amar-te não quero saber da roupa
Quero sorver de ti o amor,
Quero beber o teu sabor, tua essência…
[ó deus me de paciência…
Quero traçar teu corpo num abraço,
Quero erguer-te no espaço,
Rodopiando bailando,
Percorrendo teu cheiro!
Deitar-me em ti,
Viajar no teu vale,
Sentir o teu sal,
Dar-te amor,
Sentir seu sabor!
Acolhe-me em ti,
Como o vaso a orquídea,
Deixa que floresça,
Num gemido, num sussurro,
Deixa que cresça,
Que se torne intenso,
Que se forme movimento,
Que seja cadencia,
Que seja grito, espasmo, prazer,
Deixa que gema,
Que escutem as paredes,
Que que se envergonhem os lençóis,
Da falta pudor
Louco dos amantes!
A que sabe o Amor?
Não qualquer sabor,
Não apenas a mar,
Mas a ti, a mim, ao ato de amar!
Doce, suave, encorpado, salgado,
Amargo, húmido, desejado, beijado!
A que sabe o amor?
A tudo,
Quando bem partilhado!