Tesudo Diamante

No diamante teso de teu seio

Em tua boca exemplarmente falhada

Gozar o mel fragrante da madrugada

Antro de harmonia e delicia em meio.

Loira cujo monumento carnudo

Ao albergue dos delírios se assemelha,

Pomba do êxtase de sagrada centelha,

Acolhendo meu falo ébrio e tesudo.

Manhã lírica de carne e vapor

Noite desnuda de êxtase e estrela

Chama de prazer sobrevivendo a vela

Presença que se afirma e pede ardor.

Boceta desejosa de himeneu infindo

Em tuas loucuras todas as promessas

Xota que em delírio te arremessas

Sublimação de vida,certeza de amor.

No denso punhal de tuas lembranças ternas

Enlanguecido já sem olhares e sem boca

Asa tristonha na solitude louca

Recorda com sombra o lírico desmaio,

Arregaçado fulgor,suor e acalanto

No passado o meu presente depalpera

Mas teu divino êxtase,marco na era,

E me debruço em porvindouros Maios.