Banho nosso de cada dia
Paredes nuas,
garganta profunda,
mordidas e maçãs para todo o ato,
verdades nuas,
pele que atiça todos os desejos
derramados sobre os lábios,
arranhados entre pernas,
eternizados em espasmos de prazer e mistério.
A lua geme safadezas
por entre as brechas da telha molhada.
Banho nosso de cada dia!
A noite desperta.
Chuva de interior.
A vizinhança atenta.
Suor e semente...
Nossos corpos se consomem.