Meus vinhedos...
Um pouco de vinho?
Nem sei se gostas.
Talvez sua alma, alegre nossas vidas,
se os corpos não se machucarem
quando voarem, quase torpes, quase vivos,
entre nossos gemidos de felicidade.
Mas os mortos não respiram.
Para eles, teria o mundo acabado?
Um bêbado passou voando sobre meus pés.
Eu havia tomado de seu vinho,
o mesmo que quando estava eu são,
não desejei tomá-lo, apenas para não ter
outros cálices, piores, entre as mãos.
Um pouco de vinho me faz bem.
Mostra-me o que no mundo, sem ele, não se tem.
Gosto dos alambiques de outros prazeres,
E, afinal, se quiseres ser mal,
vem e bebe do meu vinho especial
que te fará muito bem à vida!