CONTRATO...

Sim, meu doce poeta,
Então estamos acertados:
Hoje à noite,
Tão logo assinarmos nosso contrato,
A ti me apresentarei,
Nua em pelo,
Cabelo contra o vento,
Pele macia e sedenta de ti,
Para a concretização de nossas avenças...
Autorizo,
Sem as cobranças
Que me seriam devidas,
Que me intitules
Por tempo indeterminado,
Como tua musa,
Como tua amante e única diva...
Também fica determinado,
Que por todas as madrugadas,
Cederei as curvas de meu corpo,
Para que sejam,
Por tuas mãos e palavras,
Profundamente lapidadas...
Estas, minuciosamente,
Deverão ser desnudadas
Em sensuais poesias,
Tórridas grafias;
E obrigatoriamente,
Participarão de tudo que escreves;
Desde as mais inocentes
Às mais sórdidas histórias...
Também fica acertado,
Por força deste contrato,
Que minha boca e meus beijos
Por ti, serão livremente usufruídos;
Por todos os recantos de meu corpo,
Tuas mãos terão livre acesso
E sem pudores, trafegarão,
Tocando, acariciando, bolinando,
Cada cantinho desejado...
Pronto... Contrato assinado!
Aquieço que me endeuse,
Que me envaideça,
Que me invada,
Que me ame loucamente...
E como recompensa,
Serei tua!
Dar-te-ei o corpo mais quente,
O beijo mais gostoso e molhado
Que já experimentaste...
Prometo-te
O amor mais puro e profundo,
Da musa mais apaixonada,
Que um dia já contrataste...
Aliesh Santos
Enviado por Aliesh Santos em 09/03/2016
Reeditado em 10/03/2016
Código do texto: T5568926
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