Para rimar com vinho
Como mantive a razão
Naquela noite tão louca?
Teus olhos no meu decote,
Meus versos na tua boca...
O vinho, Marte tingindo
A nuvem (branca toalha);
Meus ouvidos nos teus lábios,
Tua voz trêmula e falha.
Tua boca com meus versos,
Minha pele pelo avesso.
Teus pêlos na minha carne,
Minha boca... ai, não me esqueço...
Meus versos na tua mente,
Telefone na lixeira.
As mãos acenando adeus
Antes de fazer asneira.
(Verônica Marzullo de Brito)