MÃOS DESEJOSA
MÃOS DESEJOSA
Por Heronildo Vicente
Tarde natalina
Eu cá, você aí
Mas no regaço
Do meu espaço
Tantos desejos
Tantas vontades
Relampejos
De seus beijos
Das mãos acariciar te
Embriagar sobre sua pele
Procurar com o dedo
A porta do prazer
Escancara-lo a luz
Da aurora em pleno leito.
E tantos os beijos
Eruditamente sábios
Transcendem aos seios
Duas montanhas
Estandartes
Me vejo navegante
Sendo um desbravador
De marte!
Deposto diante tal
Pele nua, minha e sua
Desejos cântaros
De mãos a mãos
Percorrem
Cada centímetro seu.
As mãos saciam a sede
Como assim um andarilho
Sacia a sombra da arvore
Em pleno sol escaldante de verão
As mão avidas por agua
Néctar divino
De seu corpo
Que emana
Em prol suor
Aquecimento de corpos
Brotando assim
A nudez humana
O amor silente
A boca aborda!
E na junção
Tudo se une
Os sentidos se fundem
As peças se alinham
Sexo bem vindo
Orgasmos surgindo
Vibrando cada vez mais
Como campanários
E milhões surgem
Cada qual com vontade
Esbarrando se
E padecendo
Na gruta
Que ventura
Mais que loucura
Gostosa!
Após o feito notório
As almas entrelaçam
Um braço tuncoso
Um beijo saboroso
Cada qual um mero sorriso
Sobressai entre lábios
Então os versos nascem
Em instantes
Segundos
E todo o restante
Do tempo
A recordação vem
Mas é uma pena
Poeta apenas sonhava!