Paixão carnal
Branca textura, negras pupilas a se revelar.
O breu devorando a madrugada. Onde estamos?
Água. Chuva. Raios e mãos, derme crua provamos.
Bocas úmidas, destreza que conduz para dominar.
És lua nova que assalta a mesmice do puro grão.
Dragão mitológico trazendo o sorriso e o vulcão.
As notas melódicas são singelas, o aperto é firme!
Forças, viço e empenho nas costas, nuas e de pé.
Que código te decifra que lei te impõe à prisão?
O que te contenta? Velho na alma, no corpo não!
Qual olhar não visto e fala não dita pôde me expor?
E agora, quem tira seu gosto, sua pele, suas mãos?
Se for projeto de verão ou apenas devaneio proibido.
Não sei. E não importa. E não, isso não é paixão.
Não é apego, nem laços nem fitas. Mas sim, é emoção.
Sim, é a soma de cheiro, pegada e doce desejo!
*Desmedido égide.