SOMOS UM SÓ

Carrego-te manhosa da sala à cozinha

Vestida apenas numa velha camisa

Sorri-me entre tantos beijos gulosos

Sentada na janela, sentido a brisa

Diz-me safadezas, mas, parece tão santa

Enquanto sem pressa, enlaça-me à cintura

Acaricia-me a nuca em meio a sussurros

E como se hipnotizado, vou à loucura

Tira-me a camisa como quem está no comando

Ouço abrir-se o zíper, lá se vai minha calça

Apoia-se em mim e escorrega-se ao chão

Mordisca-me. Saceia-se? Não. Apenas disfarça

Distrai-me manhosamente, fingindo erguer-se

E sem esperar, sinto-me então, envolvido

Momentos se passam, até que empurre meu corpo

Levanta-se e inclina-se. Pelo prazer sou possuído

Agarro-te faminto e teu corpo numa rampa perfeita

É tudo que há. Este nosso universo, é o melhor

Somos um só, culminando, ardendo em prazer

Estalos de tapas, banho-te por dentro, sou todo suor.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 14/11/2015
Reeditado em 14/11/2015
Código do texto: T5448598
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