SOMOS UM SÓ
Carrego-te manhosa da sala à cozinha
Vestida apenas numa velha camisa
Sorri-me entre tantos beijos gulosos
Sentada na janela, sentido a brisa
Diz-me safadezas, mas, parece tão santa
Enquanto sem pressa, enlaça-me à cintura
Acaricia-me a nuca em meio a sussurros
E como se hipnotizado, vou à loucura
Tira-me a camisa como quem está no comando
Ouço abrir-se o zíper, lá se vai minha calça
Apoia-se em mim e escorrega-se ao chão
Mordisca-me. Saceia-se? Não. Apenas disfarça
Distrai-me manhosamente, fingindo erguer-se
E sem esperar, sinto-me então, envolvido
Momentos se passam, até que empurre meu corpo
Levanta-se e inclina-se. Pelo prazer sou possuído
Agarro-te faminto e teu corpo numa rampa perfeita
É tudo que há. Este nosso universo, é o melhor
Somos um só, culminando, ardendo em prazer
Estalos de tapas, banho-te por dentro, sou todo suor.