Sortilégio
Desaba o céu lavado de chuva e vento
Recolho-me em fantasias
E em meus desejos secretos
Tudo tem seu tempo, é certo...
Anseio a primavera
De vento morno, lascivo e discreto
Por vezes, sem deixar saudade, saio
Ganho o mar, sou fragata, savana e deserto.
Uma brisa me consome
Uma semente em mim germina, febril e latente.
E a noite volta, próspera, lúgubre e ardente...
Há fantasmas em sótãos caiados
Livre de pecados,
Fecho os olhos e durmo
Quando amanheço
Sou livre
Laço nenhum me segura
De aço forte, sou desejo e dor
Ternura.
Beijo a todos!