(...) porque a respiração é ave abandonada ...

...

porque a respiração é ave abandonada;

quando o precipício do corpo se queda;

é a vertigem de sentinela alada;

é a mudez mais íntima e rouca;

como as montanhas que chiam ao anoitecer ...

é o sorriso delicado e s-u-s-p-e-n-s-o;

como as asas de algum arcanjo

a pairar moroso e sacro

como as catedrais cálidas de encantos ...

é o gemido no morder dos lábios ...

é o estremecer dentro da febre

é o morrer sem a mínima urgência

é o não temer a morte na extrema premência ...

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Christina Perri

A Thousand Years

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 06/10/2015
Código do texto: T5406243
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