... morte dilacerante

[...]

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Já morri milhões de vezes

em que senti tuas mãos

deslizarem pelo meu corpo

... não houve o grito

mas o respirar mais lento

quase sem chance ...

num vagar de eternidade

onde os meus próprios lábios ...

se mordiam

... houve o espasmo

numa trepidez entrecortante

e em seguida a vertigem

onde a translúcida luz se estendia

sobre os pássaros noturnos no horizonte

_ eis a morte dilacerante.

Dulce Quental

Caleidoscopio

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 10/09/2015
Reeditado em 10/09/2015
Código do texto: T5377602
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