... morte dilacerante
[...]
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Já morri milhões de vezes
em que senti tuas mãos
deslizarem pelo meu corpo
... não houve o grito
mas o respirar mais lento
quase sem chance ...
num vagar de eternidade
onde os meus próprios lábios ...
se mordiam
... houve o espasmo
numa trepidez entrecortante
e em seguida a vertigem
onde a translúcida luz se estendia
sobre os pássaros noturnos no horizonte
_ eis a morte dilacerante.
Dulce Quental
Caleidoscopio