CHUVA
Ao cair da tarde, vem a chuva,
Calma, sem alarde:
Molhar meus cabelos,
Arrepiar minha pele,
Soltar meu desejo.
Chuva, por que me faz
Sonhar com loucuras?
Com doces pecados?
Com murmúrios entrecortados
De dois corpos suados?
Não é de você, chuva, de que preciso,
Mas sim de um banho frio:
Que acalme os meus desejos,
Que me faça esquecer de tantos beijos,
Que me faça acreditar em tempo bom.