Arrepio ...

...

quem foste tu;

taciturno arrepio...

que das águas do rio repeliste

ao meu esmerado sorriso ?

... e se deitas febril

e se pensas conciso

apartas-me desse solitário

de águas e corredeiras

a cortar-me á fio

- na nuca ...

e na quentura

dessa língua de lava ...

esbraveja à lanugem

que se eriça

no que desdigo:

na mudez desse arrepio.

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 25/08/2015
Código do texto: T5358550
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