Estou sentindo uma necessidade.
Enorme de você.
Necessidade de te tocar.
Cheirar.
Sentir a maciez de sua boca.
Seu corpo passeando pelo meu.
Nossas mãos deslizando.
Fazendo desenhos.
Acariciando.
Fazendo estremecer o corpo.

Corpo que geme.
Em um turbilhão de emoções.

Necessidade enorme.
De tocar o céu da tua boca.
Fazer amor como louca.
Prender-te em meus braços.
Enroscar nossas pernas.
Eternizar o momento.
Em nossa memória.

Tudo isso porque nosso amor.
Sempre foi feito assim.

Conhecemos nossos corpos.
Que são feitos de cumplicidade.
De saber os pontos fracos onde tocar.
E deles abusar.
Para sentir a vontade desmedida.
De sempre ficar.
De nunca se separar.

Necessidade desvairada.
De olhos nos olhos.
Palavras roucas sussurradas.
Coração acelerado.
Que não consegue acompanhar.
O ritmo alucinado do corpo que tremula.
Suplicando a urgência da entrega.
Da posse total.

Bocas que passeiam pelos corpos.
Lábios que desenham um desejo.
Que aumenta cada vez mais.
Nossa excitação.

Línguas que buscam a vulnerabilidade.
Como abelha sugando o pólen das flores.
Carícias compartilhadas.
Amor que dá e recebe.

Amor que não precisa de palavras.
Amor que se completa nos gestos.
Que explora por igual.
Por inteiro.

Cadência ritmada de nossos corpos.
Que buscam juntos.
O sublime momento do êxtase.
Do fremir violento.

Nossos corpos.
Que balançam juntos.
Em espasmos esfomeados.
Pelo gozo violento.

Gozos que se estende no tempo.
Que começam a surgir com outro.
Feito um vulcão em erupção.


(Alma Poeta)